Mostafa Ali Mohamed
Oum Kalthoum - Fakarouni
Updated: Feb 2, 2022
Se você ama dança oriental, música e cultura árabe, certamente já se deparou com muitas canções dela, como “Alf Leila w Leila”, “Fakarouni”, “Leilet Hob” e “Enta Omri”...

Oum Kalthoum foi uma cantora egípcia popular por todo o mundo árabe, onde é conhecida como Kawkab al-Sharq ("A Estrela do Este").
Ela foi uma personalidade tão marcante no Egito que recebeu uma condecoração, chamada "Nishan el Kamal", exclusiva para membros da corte e políticos, do rei egípcio Faruk I (o penúltimo rei egípcio, contemporâneo a ela).

Seu nome verdadeiro era Fátima Ibrahim as-Sayyid al-Biltaji, nasceu em 1898, na época não existiam cartórios, vindo ser registrada anos depois, por isso algumas biografias constam a sua data de nascimento como desconhecida.

Ela nasceu na província de El Senbellawein, ao norte do Egito, e começou a cantar ainda criança, recitando o Alcorão e chamando os fiéis para a reza, vestida como homem, incentivada por seu pai, que era imam (líder religioso especializado no alcorão).

Mudou-se com a família para a cidade do Cairo na década de 20.
Na cidade do Cairo Oum Kalthoum e a sua família foram vistos como antiquados e caipiras.
Numa tentativa de aperfeiçoar o talento da filha, o pai contratou vários professores de música.
Dado que na época não era bem vistas as carreiras artísticas, o pai de Kalthoum continuou a acompanhá-la, embora em finais da década de vinte Oum Kalthoum tenha-se tornado uma mulher independente, que escolhia os compositores com os quais trabalhava.
Nesta época conheceu o poeta Ahmad Rami, que escreveu nada menos que 137 músicas para ela, entre as quais destaco aqui "Hayart Albi" ("você confundiu meu coração") e "Awedt Ayni" ("acostumei meus olhos"), cujas melodias foram compostas por Riad al-Sonbati .
Na década de trinta Oum Kalthoum começou a gravar discos e em 1935 ocorreu a sua estreia no mundo do cinema, com o longa-metragem Wedad. Este foi o primeiro de seis filmes que contaram com a participação da artista.
Mas só na décadade 60, Oum Kalthoum conheceu o compositor Mohammed Abdel Wahab. Em sua primeira parceria, Abdel Wahab compôs uma das canções mais conhecidas do mundo árabe, “Enta Omri” (“você é minha vida”), cuja letra foi escrita por Ahmad Shafiq Kamil.

Seus shows lotavam teatros e costumavam durar entre três e quatro horas, durante as quais eram cantadas duas ou três canções. Um fator que muito contribuiu para a popularidade da cantora foi a difusão dos seus concertos via rádio, através dos quais os Egípcios que não tinham possibilidades econômicas para ir a um concerto, puderam conhecer a artista.
Oum Kalthoum faleceu a 3 de Fevereiro de 1975, vítima de um ataque cardíaco.
Seu funeral foi marcado na mesquita Umar Makram no Cairo, local conhecido por nele decorrerem os funerais de altas personalidades egípcias. Contudo, o funeral teve que ser adiado dois dias, devido à chegada ao Egito de numerosos fãs da cantora vindos de todo mundo árabe, apesar deste adiamento ir contra as práticas funerárias muçulmanas que recomendam o enterramento o mais rapidamente possível. Seu cortejo reuniu milhares de pessoas pelas ruas do Cairo.
Oum Kalthoum foi elogiada publicamente por nomes ocidentais como Jean-Paul Sartre, Salvador Dalí, Maria Callas, Jean Michel Jarre e Charles de Gaulle.
Confira o vídeo sobre Oum Kalthoum a seguir:
BAIXE A TRADUÇÃO COMPLETA DA MÚSICA FAKAROUNI:
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